terça-feira, 20 de maio de 2008
respiro. respiro. como se fosse possível sugar todo ar do universo nesses suspiros, suspensos, dispersos entre onde estou e aquele ali começa. é criador e perigoso catar alturas, ternuras. um passo em falso, a pedra rola, o dia acaba e tudo não era que sonho, além do que eu esperava viver. respiro, por que é nesse swingado de ar que tenho a eternidade ao meu alcance. respiro, num sopro leve que me impulsiona longas distâncias, longas corridas, longas descidas, até cair na desventura, no desconsolo, nas desavenças. despertar em chamas, em risos, em gritos, por que é disso que se vem tristeza, de consolidar o que resta de insegurança. respiro, e desses cheiros, sinto aquele tal, tão próximo, vulgarmente conhecido, nesse meu íntimo mais perdido, ai ai ai, são de todos esses ares do mundo donde saem esses perfumes cor de blue, cor de mim, tocando lábios avermelhados de rubor e desvendando novas texturas. respiro, respiro, respirooooooooooo. e vivo longas, lindas, eternas travessuras.
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