O espaço entre suspiros é a verdade da distância,
A importância do frágil som dos passos.
Um olhar que me busca, uma voz que me sustenta,
E só resta a poesia para este lábio de inocência.
Não é sempre que procuro no inexato,
Pois – infeliz – é quase um nada que te tenho ao lado.
Queria sentir mais o impreciso, meu, nosso imprevisto.
Só assim permaneceriam calmos meus enganos.
Tenho-te às vezes e aos poucos,
Em distâncias, passos, espaços.
Raros, loucos caros são suspiros:
Único vínculo para nosso estreito laço.
Será para sempre viver a repreenda?
Será para nunca acalmar meu desencanto.
É do e para ele – amor – que canto:
Pois que é breve, e quase sempre feliz em seu desencontro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário