não saber como agir. e assim se desculpa tudo. bebo demais, fumo demais, falo demais. depois me reencontro comigo. brava, largada, desolada, querendo retomar meu eu mais relicário em meio a tudo que extravasei. sentimentos, pensamentos, teoremas, até coisas ditas da boca pra fora demais, tentando parecer mais ágil, mais hábil, mais mulher, mais menina, mais alguém parecida com aquela que eu quero ser. não sou. não vejo. não sei. faço. demais. e nisso gostaria de saber conter. mas é que é tudo tão grande, é tudo tão vibrante, são tantas vontades, são tantas promessas, são tantas dúvidas, que me desencontro nesse labirinto. me desencontro de eu, e me estabeleço em um mim distante, preso a outras idéias, a outras cabeças. quem sou eu? navio perdido no mar da vida. cabeça desencontrada de um corpo. alma dispersa dos pés. ai ai asinhas, asitas, para donde me levarão?
eu. na verdade. nada. eu. na verdade. tudo.
de errado, de certo, de confuso, de exato.
eu. na verdade.
o meio termo?
cruzar as pernas, dobrar a alface, não fazer barulho quando beber, não beber muito álcool, fumar com elegânica, vestir com elegância, não falar alto, não se expor em público, não falar da vida pessoal, não amar a todos, não desamar ninguém, não ao sexo, não às feridas, verrugas e demais traços típicos da vida.
eu. (?)
meias fumé, cinta vermelha e um olhar fatal. elis. bebida. sexo. drogas. rock'n'roll. jazz para fortalecer.
eu?
disso nada ou tudo mais.
enquanto existir a presença
eu.
jamais saberei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário