estranho. estava eu catando as saudades do meu quarto, e me deparei logo com john-paul-george-ringo. uma coisa simples, que seria rever uma velha coleção de lps, me deu essa sensação amarga, triste, de quem perdeu entes queridos. me fiz pensar sobre as escolhas, sobre os caminhos que ando seguindo, tão diferentes do que eu sonhava. quinze anos, quinze anos que foram ontem, não faz tempo não, mas por que é que me parece ter abandonado uma vida inteira quando penso nesses meus quinze anos? cabelo comprido, óculos, aparelho ortodôntico, e uma vontade tremenda de ser rock star. por que é que eu larguei tudo isso? o paz e amor, os meu garotos que eu cultivava com tanto carinho? hoje percebi, miseravelmente, que os meus beatles de agora não são mais os de antes e a gente não pode carregar tudo de uma só vez nessa viagem que é a vida. os retalhos vão ficando jogados pelos anos e o que sobra é saudade, nostalgia, melancolia. no rio que os beatles correm, não tinha espaço para um monte de outras coisas, e eu tive que abrir mão, me entregar a novos acordes e melodias cada vez mais divididas. me sinto envergonhada por ter largado o que eu mais amava. mas acho que é isso aí: a gente fica e é a vida que corre na frente, levando as lembranças, memórias e amores, o que resta é pó, cicatriz antiga do que já se viveu.
you don't realize how much I need you, at the penny lane street, dancing with lady madonna, eating strawberry fields, while Lucy is wating for us in a sky full of diamonds. Eleanor Rigby showed compassion for you, and told Mr. Nowhere Man about all the little things you do; now he had invited us to join them at the yellow submarine, in a trip of knowledges, where we'll discover that all we need is luv, and fab four forever.
Um comentário:
adorei seu blogue, Larissa. E esse post, em especial. Bjs, R.
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