e é por não existir verdade nenhuma que me arrasto por aqui. sem esperanças de sinceridade, sem esperas de encontrar - alguém. me entretenho em mais um gole desse whisky, chamando todas as atenções para mim, me transformo em todos os clichês, em todas as decadentes ilusões que todos esperam por um dia viver. aquele garçon garçon se compadesse, me acaricia e experimenta entrar em cena. é tudo jogo. ilusão. esse meu andar solitário não passa do meu melhor papel, aguado, feito de espuma que me envolve e faz a cabeça pirar no não-querer. mas no fim de tudo, me resta saudade, me resta sutileza, aquela de já não acreditar. ele me chama, me espera, me clama querida, querida, me diz única, rara, estranha conhecida, são seus olhos, ou o meu sorriso sincero demais que te faz entrar na onda. pero no hay banda. et au creux de mon coeur il n'y a pas les deux escaliers du crital. já estou dentro da roda, curtindo a vibe, frenesi de mim, já me encostei no seu peito e agora sou sua. mas também já passou, como nada fica, meus pés doem e a testa arde, eram só goles e mais goles, na mais completa libertinagem que me prendeu nessa prosa imunda, cheia de coisas conhecidas e sofrimentos não sentidos. mas faz parte, isso também pode ser literatura, meu bem. é nada. extravagância só - da minha parte - querer me entreter fazendo nada, fazendo imagem, fazendo mim(s), sempre outras, nunca eu.
pura ficção.
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