num desses dias em que o mundo parece esmagar todas as certezas, as concretudides. às vezes é delicado tentar entender o que é mundo, o que é viver. o senhor rosa diria que viver é muito perigoso - será viver, ou serei eu o grande perigo? ando arrastada, me sentindo quieta, meio-lixo. ando entristecida com fatos, verdades, nutrindo, pequenina, meu desamor e minha covardia. sou intragável, insugável, mas no entanto "she sucks in all the air around her"...é de tentar, é de acostumar, essa coisa toda é vida, e já não sei por que é que se briga tanto para seguir nessa brisa. queria saber de toques, entender, sustentar; aprender a olhar e gostar - é sim importante amar. não, mas vou é me perdendo nessas pequenas fugas da minha cabeça, mas vou transgredindo o sentido natural de tudo, e me recolhendo cada vez mais em meu extenso universo. seria bom, de verdade, não falar, mudar para um lugar sem julgamentos, sem decisões, sem desconfortos, onde o importante fosse estar e apenas let it be. o importante é aguardar pacientemente a morte, esquecer dívidas, acasos, intrigas sociais, e desvencilhar todas as falsas verdades que ficam impregnadas pelas roupas mais íntimas - é importante exercer o glorioso se dando o desbunde de se adorar mais que aos outros.
a vontade de agora é largar tudo: carreira, mãe, emprego, saúde, sucesso. me perder exausta entre os suores e as mais delicadas perdições do meu corpo - que conheço tão pouco. me prender mais a mim mesma e desbravar horizontes, sem medos dos outros, do mundo, ou de você.
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