Odeio essa certeza dos vivos, essa estranha convicção de que há lá uma razão. Odeio pensar nesse concreto me armando, me tragando, trazendo pés para meus divinos vôos. Se há razão, é por que tudo vibra, seres de pequenas moléculas em constante movimento. Odeio a exatidão desses passos, a certeza desses beijos, a incoerência desses abraços. São crueis, de fato, os sentimentos, mais crueis são os desejos, estes inconscientes desbravadores de espaços - entre homens, entre deuses, entre nós.
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