domingo, 18 de novembro de 2007
é sempre bom estar em casa.
Não. E foi com esse simples "não" latejando a minha cabeça que tudo começou. Sim. Eu era assim, como criança, brincando com as folhas sentadas no chão. Ele. Sentou-se ao meu lado como um velho conhecido, não me perguntou nada, não me olhou um só instante, ao meu lado, brincando com minhas folhas e minha mão. Dele. O que ele fazia ali era tão próprio, tão único, brinquedo antigo, carrilho de folhas velhas sendo a passagem de um longo trem que vinha das nossas imagens, trazendo seus sons dos nossos lábios. Apito. Minha pequena vila rupreste era agora nosso paraíso e eu não me importei mais que seus dedos tocassem. Meus. Ali pensei nos desejos mais extensos, a vida em flash ia retornando e desaparecendo, sempre, e eu fui pensando com carinho que o resto nem resto era, o importante estava ali: folhas. trem. dedos. nós. pesados. abandonados. alojados. folhas. dedos. apito. mãos. terra. casa. casa. casa. casa. casa. casa. casa. casa.
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