Com verdadeiro terror ela se debateu em sua cama,
repleta de líquidos, cheiros, restos.
O suor escorrendo o vinho de ontem,
desfeito o ventre, a carne, a alma, nada mais como antes.
O calor espremendo entre lençóis e paredes brancas,
Antes tão puras, agora cheias de lascívia e volúpia.
Cruel o desespero do engano, a descontrariedade do desejo.
A ponte do beijo - o rio do desapego.
Cabelos perdidos queimando a pele a cada toque,
A luxúria extravansando verdadeiros sentimentos.
Chega o toque puro de alguém de sempre,
As paredes caem e o dia entra,
Na ternura suave de alguma certeza.
Eram choros e desconsolos,
Fim do engano,
Seriedade do encontro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário